Não havia o que escrever

“Não havia o que escrever” é desenvolvida a partir de uma vivência em contato com paisagens afetadas por processos de degradação, trabalho imagens das queimadas e imagens de animais que resistem nesses poucos remanescentes de mata atlântica.

São placas de madeira onde utilizo pirografia e monotipia para a criação da imagem, em seguida ateio fogo criando na parte inferior uma moldura para o trabalho, uma moldura formada de carvão que é o resquício das queimadas, mas também é um material utilizado desde a pré história para desenhar. O desenho da paisagem surge dessa moldura incinerada e cria um ambiente onírico onde vemos a imagem de um animal cravada pelo fogo na madeira crua.

Através de um pequeno fragmento de madeira proponho a ideia de uma ruína da paisagem, registro de temporalidades superpostas, através da utilização de referências a uma imagética presente na história da arte brasileira e a uma situação de degradação que nos é contemporânea.

Técnica mista sobre madeira
20x20cm
2020





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